A comercialização de materiais que iriam para aterros sanitários é bastante interessante, mas antes de querer negociar qualquer tipo de resíduo, é importante que a empresa tenha um forte gerenciamento de resíduos dentro dela. Os materiais para serem vendidos precisam ser separados pela fonte geradora e precisam estar bem acondicionados, para que não sofram modificações em contato, por exemplo, com a atmosfera.
A negociação de resíduos está em conformidade com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que definiu a ordem da gestão de resíduos em não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final. E assim, a comercialização se torna uma ferramenta para garantir que a reutilização e reciclagem sejam atraentes e lucrativas, contribuindo para aumento de empregos, economia de recursos naturais e diminuição de impactos.
Antes de falar do processo em si, saiba valorizar o seu resíduo garantindo um melhor custo final.
Conteúdo
Valorização de resíduos
O mercado de resíduos sólidos está cada vez mais competitivo e mesmo assim, muitas empresas enfrentam dificuldades para conseguir comercializar ou destinar seus resíduos sem custos ou com o menor custo possível.
O que a maioria das empresas não sabe, é que existem fatores que são decisivos para apontar o modo de destinação e o valor dos resíduos.
Abaixo estão 3 dicas de como valorizar seu resíduo e ter uma gestão mais eficiente:
Segregação
Nas etapas da gestão de resíduos, a segregação é uma das mais importantes, pois é ela que ditará o valor do seu resíduos. A segregação bem feita é realizada ainda no setor gerador, evitando assim, contaminações iniciais e trazendo facilidade operacional.
Todos os resíduos possuem valores diferentes para o mercado, ou seja, o papelão e o plástico não são vendidos pelo mesmo valor. Sendo assim, caso eles não estejam separados, o reciclador te pagará considerando somente o resíduo mais barato.
Isso porque os recicladores ainda terão o trabalho de fazer toda a separação em seus pátios. Então se você quer uma gestão mais lucrativa, preze por separar todos os resíduos.
Mapeamento de Mercado
Um dos principais requisitos do ciclo PDCA (PLAN–DO–CHECK–ACT, em português: Planejar – Fazer – Verificar – Agir), que é uma metodologia baseada nesses quatro passos para melhorar os processos e produtos, é a melhoria contínua. Porque todos os mercados possuem preços variados de empresa para empresa.
Sabe quando vamos em um supermercado e achamos um produto caro? Se não olharmos em outros supermercados, não saberemos se realmente está caro ou não. Com resíduos é a mesma coisa. Não adianta estar há anos vendendo seu resíduo para a mesma empresa e não procurar em outras. O mercado gira muito rápido e você pode está perdendo oportunidades.
O barato que sai caro
Quando falamos em resíduos que envolvem custos de destinações, a maioria das empresas opta pelo destinador mais barato. Muitas vezes sem levar em consideração a parte operacional e as documentações. Para escolher seu destinador, é preciso analisar o atendimento, agilidade em resoluções de problemas, se todas as documentações estão em dia e se eles orientam a somente fazer a coisa certa. Pode-se até estar pagando baixo hoje, mas os custos de um possível atraso de coletas ou até mesmo os riscos de destinar com empresas sem documentações, precisam ser levadas em consideração.
Com essas informações, é possível garantir uma negociação segura e bastante lucrativa das sucatas metálicas.
Como vender sucata (2022)?
A sucata metálica é todo tipo de material metálico que pode ser reciclado ou reutilizável sem perder as suas propriedades e qualidade. No mercado, é um dos resíduos de maior valor econômico.
O que torna a comercialização da sucata metálica atraente, sem dúvida, é a geração de renda e empregos que esse mercado oferece.
Os tipos de sucatas mais comprados são:
- Sucata de ferro: são todas as sucatas constituídas de ferro e aço soltos ou em fardos, como tubos, barras, laminados, bobinas, chapas, automóveis sucateados, trilhos, entre outros.
- Sucata de alumínio: o alumínio é um metal extraído a partir da bauxita e por ser maleável, acaba formando ligas, para cada tipo de finalidade. O alumínio é encontrado em resíduos de veículos, aviões e construções.
- Sucata de cobre: o cobre é um material com alta condutividade elétrica e térmica. O cobre é encontrado em cabos de transmissão elétrica e telefonia.
- Sucata de aço-inox: O aço inox é uma liga de ferro e crómio, podendo conter também níquel, molibdénio e outros elementos, que garantem propriedades físico-químicas superiores aos aços comuns, sendo a alta resistência à oxidação atmosférica a sua principal característica. Atualmente no Brasil, aproximadamente 30% de todo o aço inox produzido é proveniente de reciclagem. O aço inox é encontrado em panelas, eletrodomésticos, equipamentos ferroviários, tubos, tanques químicos e cubas para alimentos, aplicações marítimas, containers, entre outros.
Mas por que se compra tanta sucata metálica?
Porque além de ser economicamente mais interessante produzir novos materiais metálicos com sucatas do que com a extração mineral, as grandes siderúrgicas (indústria de fabricação de ferro e aço) firmaram compromissos para tornar a produção de metais mais sustentável.
Segundo a empresa Arcelor Mittal, que recicla a sucata metálica transformando-a em novos produtos, o aço, um dos tipos de sucata metálica, pode ser completamente reaproveitado e reciclado infinitamente sem perder suas características, o que economiza recursos naturais, diminui a poluição do ar e gera oportunidades para milhares de trabalhadores e empresas.
A comercialização de sucata metálica deve ser feita para empresas que possuam licença ambiental para fazer a reciclagem do material, caso não seja, os custos para a empresa geradora podem se tornar caros com a aplicação de multas.
Sua empresa tem problema com a valorização dos resíduos? Converse com uma de nossas consultoras.
Gostou?
Que tal compartilhar este artigo?
